Futuro, presente, tanto faz...
Sonham com o tempo inexistente
Quando o novo não cria
Nem o antigo refaz
Frios, nunca mostram nada
E são um mistério, até para mim
Nunca encontro neles início
Meio, muito menos fim
Meus olhos, assim,
Feito de piscianos, vagos, por aí...
Um pouco doces, um pouco amargos
Sensatos, sorridentes,
Tristes, infantis
Às vezes acho que são olhos
Em formato de piedade
Olhos de querer serem bons
Porém, falso engano,
Tal querer, quer-lo, em vão...